terça-feira, 3 de novembro de 2009

Palestra sobre a Obrigatoriedade do Diploma

No dia 15 de setembro, reuniram-se no Auditório Fernando Henrique Cardoso, do campus Anália Franco, da Universidade Cruzeiro do Sul, a jornalista e cientista social Lúcia Rodrigues, a assessora de imprensa Débora Oliveira e o estudante de Jornalismo da PUC, Valério Paiva. O objetivo era debater com os alunos presentes o polêmico fato da obrigatoriedade (ou não) do diploma de Jornalismo para exercer a profissão.

Após uma breve apresentação dos currículos de cada um, a questão foi colocada na roda. Exigir ou não um diploma para os profissionais que trabalharão como formadores de opinião do Brasil? Um canudo é a garantia de um texto mais apurado, de uma notícia melhor escrita, de um jornal melhor apresentado? Será? No palco, cada um estava acompanhado de sua opinião pré-formada. Afinal, nas semanas anteriores, o tema já havia sido debatido por praticamente todos os veículos de comunicação brasileiros.

O que era para ser uma conversa, virou quase que um monólogo. Apesar de muito experientes e cheios de histórias para contar, os palestrantes desanimaram aqueles que ainda nem entraram para o concorridíssimo mercado de trabalho do Jornalismo. Na opinião do grupo, faltou entusiasmo. O brilho da profissão foi por completo apagado. Diante da verdade (acima de tudo) que foi colocada, ficou bem difícil encontrar uma vantagem na carreira. Baixos salários, jornadas de trabalho abusivas, QI descarado, além da já decretada não-obrigatoriedade do diploma, a palestra ficou presa ao desânimo.

Todos sabemos que a “liberdade de expressão não existe”, que “jornalismo é técnica” e que “no Brasil, a comunicação é controlada por sete famílias e duas igrejas”, como foi dito durante a noite, mas acreditamos que faltou falar dos prazeres que a profissão envolve. Não há nada que compense as noites mal dormidas, a ausência dos finais de semana (trabalhados), a falta de tempo para a academia ou para a saúde, a pressão constante, o ritmo frenético e o estresse daqueles que trabalham com a palavra?

Após tantos “baldes de água fria” para quem ainda sonhava com as bancadas, as ruas ou redações, uma colega questionou os profissionais justamente sobre este “lado positivo” da questão. Só então, de forma sábia, os palestrantes concederam espaço às delícias da rotina jornalística. “Falta de rotina”, “conhecer pessoas diferentes”, “encontrar histórias interessantes”, “a busca pela verdade” e etc foram algumas das frases que salvaram a noite e é por elas que ainda estamos aqui...

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